13 de dezembro de 2011

O CONSELHO DECEPCIONA MAIS UMA VEZ

Na sua última plenária realizada em 6/12(terça), o Conselho Municipal  de Educação deu mais uma demonstração de que não está a serviço da  melhoria da qualidade da educação no município, mas sim para cumprir, à risca, aquilo que é enviado pela SEDUC , ainda que isso signifique um  prejuízo para o trabalho pedagógico nas escolas.

O assunto em pauta era a instrução  da SEDUC sobre o calendário escolar para 2012 que propunha 190 dias de efetivo trabalho escolar aos estudantes e 210 dias aos profissionais do magistério, incluindo aí os  10 dias destinados à formação.  A  categoria considerou  esse aumento  abusivo, uma vez que a LDB estabelece 800 horas distribuídas em 200 dias letivos.

Os conselheiros  Geovane e Exupéry ainda insistiram numa proposta substitutiva com 200dias letivos e 4 escolares, alegando que a formação dos professores pode se dar dentro do tempo de planejamento, recentemente ampliado para 7 horas e 30 minutos.

Mas durante o debate, os governistas tiveram muito mais tempo para fazerem sua exposição(ou discurso de governo) do que os nossos representantes  e, para variar, tivemos os mesmos 4 votos(como no ano passado) contra  10  a favor da SEDUC e 2 abstenções.

A plenária foi acompanhada pela Diretoria do Sindicato e por vários representantes  de escolas municipais. Nas oportunidades que tivemos,  alertamos os conselheiros sobre as conseqüências do seu voto para quem está no chão da escola. Questionamos também a legitimidade do  Conselho para aumentar a carga horária do trabalhador, por se tratar  de uma pauta trabalhista.  A Presidente do Conselho, Galdina  de Souza Arraes,   limitou-se a dizer que não estão ali para propor, mas sim para apreciar o  que vem da SEDUC e que qualquer cidadão que apresentar ao Conselho  uma demanda também terá o seu questionamento respondido pelo  órgão.

Como os gestores da SEDUC e do Núcleo  sempre se pautam por leis na hora de decidir sobre as questões apresentadas pelas escolas  - prova disso é que eles ficam indo e voltando em várias das orientações que são passadas -, pensamos que está na hora de cada um, que se  sentir prejudicado nesse caos que virou a Rede Municipal, entrar com  um requerimento junto ao Conselho,  questionando a legalidade de tais  atos.  Como o CMEC se considera apenas um órgão consultivo, tendo por finalidade responder se algo é legal ou ilegal, vai ter muuuuuito trabalho na tentativa de respaldar as loucuras do Secretário Lindomar e de seus assessores trapalhões .

Aí, a gente aproveita e solicita uma verificação in loco para que os Conselheiros possam, enfim, conhecer a realidade das escolas públicas de Contagem, objeto de suas  “memoráveis”  decisões.

Educador(a), qual é a sua demanda?   Consulte o Conselho!

Sind-Ute Subsede Contagem

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