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Esquema nos municípios tem provas fartas, diz PF
A Polícia Federal acredita ter reunido "provas substanciosas" para incriminar os envolvidos na quadrilha que montou um esquema de liberação irregular de verbas em vários municípios de Minas Gerais e da Bahia. O esquema, desmontado na quarta-feira pela Operação Pasárgada da PF, teria desviado pelo menos 200 milhões de reais em três anos. Conforme o delegado Mário Alexandre Veloso Aguiar, que comandou a investigação, o material já reunido poderá levar à condenação de juízes, prefeitos e servidores.
"Há prova cabal de que os juízes recebiam vantagens indevidas para conceder essas sentenças", disse Aguiar, sobre a liberação irregular, na Justiça, de verbas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). As cidades em débito com o INSS praticavam o ato de corrupção para conseguir o dinheiro sem quitar a dívida. Conforme Avelar, as prefeituras que entravam no esquema eram procuradas por um lobista que "vendia um pacote pronto", com "decisão judicial já ganha". Um juiz federal foi preso em Minas.
Outros 16 prefeitos estão detidos por causa da suposta participação no esquema. Todas as prefeituras negam ter praticado irregularidades. Juiz de Fora, Timóteo, Rubim, Almenara, Medina, Minas Novas, Cachoeira da Prata, Conselheiro Lafaiete, Divinópolis, Ervália, Salto da Divisa, Tapira e Vespasiano são as cidades mineiras que tiveram prefeitos detidos. Itabela e Sobradinho, na Bahia, também estão na lista. Um prefeito afastado e quatro procuradores municipais foram detidos, bem como nove advogados.
Além da prisão dos suspeitos, a PF anunciou a apreensão de documentos e dinheiro -- cerca de 1,3 milhão de reais e 20.000 dólares em espécie, além de carros de luxo, motocicletas, dois aviões e várias armas de fogo. Nas casas do prefeito de Juiz de Fora, Carlos Alberto Bejani, foram encontradas duas pistolas, duas carabinas e revólver. Bejani tinha também 1,12 milhão de reais em espécie. A PF precisou pegar uma máquina de contar dinheiro num banco para descobrir qual era o valor encontrado na casa.
Os agentes federais apontam um gerente da Caixa Econômica Federal em Belo Horizonte como "figura central" do esquema. O suspeito, que não teve seu nome divulgado, é acusado de fazer a ligação entre o lobista, os advogados que ajudavam no golpe e os magistrados que aprovavam as sentenças indevidas. Os presos seriam transferidos para a capital de Minas. Eles poderão responder por oito crimes, incluindo formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, exploração de prestígio e tráfico de influência.
Os acusados
A Polícia Federal acredita ter reunido "provas substanciosas" para incriminar os envolvidos na quadrilha que montou um esquema de liberação irregular de verbas em vários municípios de Minas Gerais e da Bahia. O esquema, desmontado na quarta-feira pela Operação Pasárgada da PF, teria desviado pelo menos 200 milhões de reais em três anos. Conforme o delegado Mário Alexandre Veloso Aguiar, que comandou a investigação, o material já reunido poderá levar à condenação de juízes, prefeitos e servidores.
"Há prova cabal de que os juízes recebiam vantagens indevidas para conceder essas sentenças", disse Aguiar, sobre a liberação irregular, na Justiça, de verbas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). As cidades em débito com o INSS praticavam o ato de corrupção para conseguir o dinheiro sem quitar a dívida. Conforme Avelar, as prefeituras que entravam no esquema eram procuradas por um lobista que "vendia um pacote pronto", com "decisão judicial já ganha". Um juiz federal foi preso em Minas.
Outros 16 prefeitos estão detidos por causa da suposta participação no esquema. Todas as prefeituras negam ter praticado irregularidades. Juiz de Fora, Timóteo, Rubim, Almenara, Medina, Minas Novas, Cachoeira da Prata, Conselheiro Lafaiete, Divinópolis, Ervália, Salto da Divisa, Tapira e Vespasiano são as cidades mineiras que tiveram prefeitos detidos. Itabela e Sobradinho, na Bahia, também estão na lista. Um prefeito afastado e quatro procuradores municipais foram detidos, bem como nove advogados.
Além da prisão dos suspeitos, a PF anunciou a apreensão de documentos e dinheiro -- cerca de 1,3 milhão de reais e 20.000 dólares em espécie, além de carros de luxo, motocicletas, dois aviões e várias armas de fogo. Nas casas do prefeito de Juiz de Fora, Carlos Alberto Bejani, foram encontradas duas pistolas, duas carabinas e revólver. Bejani tinha também 1,12 milhão de reais em espécie. A PF precisou pegar uma máquina de contar dinheiro num banco para descobrir qual era o valor encontrado na casa.
Os agentes federais apontam um gerente da Caixa Econômica Federal em Belo Horizonte como "figura central" do esquema. O suspeito, que não teve seu nome divulgado, é acusado de fazer a ligação entre o lobista, os advogados que ajudavam no golpe e os magistrados que aprovavam as sentenças indevidas. Os presos seriam transferidos para a capital de Minas. Eles poderão responder por oito crimes, incluindo formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, exploração de prestígio e tráfico de influência.
Os acusados
Prefeituras negam envolvimento e se dizem surpresas.
Nenhuma admite o crime
Representantes das prefeituras citadas no esquema desmontado na quarta-feira pela Operação Pasárgada da Polícia Federal negaram envolvimento de suas cidades com o golpe no Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Entre os prefeitos presos, há integrantes do PT, PSDB, DEM, PT do B e PR, entre outros partidos. Nenhum admitiu participar dos crimes denunciados pelos investigadores -- entre eles, a formação de quadrilha e a corrupção.
Ouvidos pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, integrantes das prefeituras de sete cidades mineiras negaram ligação com a quadrilha. No caso de Conselheiro Lafaiete, o secretário de Imprensa do prefeito petista Julio Cesar de Almeida Barros disse que a acusação contra ele foi "uma surpresa" para a cidade. Também desmentiram participação no esquema ilícito as prefeituras mineiras de Divinópolis, Vespasiano, Ervália e Timóteo.
Em Rubim e Cachoeira da Prata, integrantes da prefeitura diziam não saber ao certo qual era a acusação. A prefeitura de Juiz de Fora não se manifestou. Na Bahia, onde duas cidades foram citadas na investigação da PF, as prefeituras de Sobradinho e Itabela não se pronunciaram. A mulher do prefeito de Sobradinho, Antonio Gilberto de Souza, disse que "ele não seria capaz de fazer tal coisa". "Somos evangélicos, tementes a Deus", disse ela.
Representantes das prefeituras citadas no esquema desmontado na quarta-feira pela Operação Pasárgada da Polícia Federal negaram envolvimento de suas cidades com o golpe no Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Entre os prefeitos presos, há integrantes do PT, PSDB, DEM, PT do B e PR, entre outros partidos. Nenhum admitiu participar dos crimes denunciados pelos investigadores -- entre eles, a formação de quadrilha e a corrupção.
Ouvidos pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, integrantes das prefeituras de sete cidades mineiras negaram ligação com a quadrilha. No caso de Conselheiro Lafaiete, o secretário de Imprensa do prefeito petista Julio Cesar de Almeida Barros disse que a acusação contra ele foi "uma surpresa" para a cidade. Também desmentiram participação no esquema ilícito as prefeituras mineiras de Divinópolis, Vespasiano, Ervália e Timóteo.
Em Rubim e Cachoeira da Prata, integrantes da prefeitura diziam não saber ao certo qual era a acusação. A prefeitura de Juiz de Fora não se manifestou. Na Bahia, onde duas cidades foram citadas na investigação da PF, as prefeituras de Sobradinho e Itabela não se pronunciaram. A mulher do prefeito de Sobradinho, Antonio Gilberto de Souza, disse que "ele não seria capaz de fazer tal coisa". "Somos evangélicos, tementes a Deus", disse ela.
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