Na data do dia 08 de março que marca a Luta das Mulheres por uma sociedade mais justa e igualitária, foi realizado pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais, (Sind-Ute Contagem), a Assembleia Geral com a paralisação total da Rede Municipal e Fundação de Ensino de Contagem (FUNEC). O evento aconteceu no auditório da Escola Municipal Vilas Lobos e contou com a participação do quadro de trabalhadores da Educação Municipal. Na pauta, campanha salarial 2017, aprovação das reivindicações, greve nacional da Educação e debate sobre o machismo na Educação.
Abrindo a Assembleia foi feita uma homenagem ao professor Adriano Lima, assassinado de forma trágica em 21 de janeiro deste ano. Adriano era professor na Escola Municipal Otacir Nunes, militante e participativo nas lutas dos trabalhadores em Educação de Contagem. O professor não teve seus pertences roubados, sendo sua morte considerada uma barbárie homofóbica.
Por ocasião do Dia da Mulher a mesa foi composta exclusivamente por elas, Adriana Campos, Jacqueline Assis e pela coordenadora Bárbara Vilaça, integrantes da diretoria Colegiada do Sind-Ute e por Firminia Rodrigues, do Movimento Mulheres em Luta, que na ocasião foi convidada a falar sobre o machismo na Educação. Firminia ressaltou que além do machismo, há também presente o racismo e o preconceito LGBT no cotidiano escolar, assim como a diferencial no campo salarial. Durante o debate, foi discutido também sobre o projeto de Reforma da Previdência, que tramita na Câmara dos Deputados, o membro da diretoria Colegiada do Sind-Ute, Rodrigo Horta foi enfático ao dizer que a Reforma sendo aprovada da forma que o Governo está propondo será um ataque aos trabalhadores, já que para ter uma aposentadoria integral o tempo de contribuição deverá ser de 49 anos e além de ocasionar o fim da aposentadoria especial para os professores e o fim da diferença de tempo entre homem e mulher.
Após o debate foi colocado para votação e aprovada pela maioria dos presentes a adesão à greve Nacional da Educação Básica que terá início no dia 15 de março e seguirá por tempo indeterminado. A greve faz parte de uma mobilização nacional contra o projeto do Governo Federal de Reforma da Previdência com a previsão de retirar direitos dos trabalhadores e pelo cumprimento do Piso Salarial.
Seguindo a pauta de votação foi colocado também as reivindicações dos trabalhadores em Educação Básica de Contagem, sendo as questões votadas: Reajuste Salarial, Carreira, Previdência e Aposentadoria, Questões Funcionais, Política Educacional, Saúde e Segurança do Trabalhador e Relações Institucionais, nas quais foram aprovadas com algumas alterações no seu texto. Agora as reivindicações serão protocoladas na Secretaria de Educação de Contagem e na Câmara de Vereadores na sexta (10), às 9:00 horas com ato representativo pela Categoria, na porta da Prefeitura Municipal de Contagem. Finalizando a Assembleia foi votado e aprovado o calendário de lutas para o mês de março.
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