-: COMISSÃO INSPECIONA CAIC LAGUNA DURANTE VISITAÇÃO PÚBLICA

Autoridades e representantes do SindUte Contagem visitaram o Caic Laguna para discutir com a direção e comunidade medidas de segurança para a escola

Na manhã desta quinta-feira, dia 8 de março, uma comissão formada por parlamentares, policiais, representante da Secretaria de Educação do município, SindUte Contagem, diretoria, professores e comunidade, participaram de uma visitação pública na Escola Municipal Maria Silva Lucas (Caic Laguna). A visita teve como objetivo inspecionar o seu funcionamento para que medidas de segurança sejam adotadas, após as invasões que a escola sofreu, sendo que a última lhe rendeu um prejuízo de cerda de R$ 50 mil em equipamentos.

De acordo com a diretora da escola, Fátima Almeida Braga, a visitação pública foi solicitada por ela, no segundo semestre de 2011, quando houve o “Fórum Técnico de Segurança nas Escolas: por uma cultura de Paz”, promovido pela ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais). Durante a audiência pública, ela relatou os problemas enfrentados pelo Caic Laguna, com relação à segurança e a agressão que sofreu, inclusive sendo ameaçada de morte. A Comissão de Educação da ALMG agendou a visitação na sequencia.

Dessa maneira, a visita contou com a participação do coordenador geral do SindUte Contagem, Ademilson Ferreira de Souza, o presidente da Comissão de Educação da ALMG, deputado João Bosco (PT do B), os deputados estaduais Elismar Prado (PT) e Carlin Moura (PC do B), o deputado federal Weliton Prado (PT), o delegado da Regional Contagem, Dr. Marcos Silva Luciano, e Major Sabino. Também esteve presente a responsável pelo Núcleo Regional de Ensino Ressaca/Nacional, Maristela do Espírito Santo Araújo.

A visitação começou no auditório, com a fala da diretora do Caic Laguna que, representando a comunidade escolar, explicou os problemas de segurança, estrutura e recursos humanos enfrentados pela escola. Na sequencia as autoridades discursaram para o público presente, composto por pais, professores, diretores de outras escolas, líderes comunitários e imprensa.

Os parlamentares alegaram que medidas estão sendo tomadas para que a segurança seja aumentada na escola, com pedidos oficiais de reforço da Polícia Militar às autoridades competentes. Além disso, também se comprometeram a buscar junto ao Governo Executivo verba para a compra de novos computadores para a escola.

De acordo com o presidente do SindUte, a vinda dos parlamentares e das autoridades policiais é uma conquista dos profissionais da Educação, visto que inúmeras vezes encaminharam ofícios aos órgãos competentes pedindo providências sobre a questão da violência; e até então não tinham obtido respostas. Já a diretora do Caic Laguna se mostrou aliviada com a presença da comissão, reascendendo a esperança de ver sua escola em paz e os alunos e professores trabalhando e estudando normalmente.

A vice-diretora, Susana Vieira, aproveitou a oportunidade para desabafar. “Estamos tendo muita sobrecarga de trabalho, muitos professores estão doentes e licenciados. Precisamos de mais professores. Não temos equipamentos para trabalhar. Mesmo assim temos bons projetos aqui na escola, o que falta é uma melhor articulação para resolver os problemas de segurança e estruturais”, colocou.

Além da vice-diretora, também falaram vários representantes da comunidade, cada um expressando seu ponto de vista sobre os problemas do Caic Laguna e dando sugestões para a comissão visitante.

Logo após todos se expressarem, a comissão seguiu para a visita de fato. Guiados pela diretora da escola, os visitantes puderam ver a vulnerabilidade da escola com relação aos muros e ao tamanho físico de quase 30 mil m². “Precisamos de no mínimo quatro vigias por turno e atualmente temos dois de manhã, dois de tarde e nenhum a noite”, lamentou Susana Vieira.

A comissão também constatou que o Cemei que fica dentro do Caic Laguna não tem a segurança devida, visto que precisa ter a saída alterada. Além disso, a comissão viu também a situação das escadas de madeira que oferecem perigo aos alunos, lamentaram a falta dos equipamentos roubados e muros pichados, bem como a falta de capina na área externa da escola.