O município de
Contagem enfrenta uma série de graves ataques à educação. Esses ataques fazem
parte de uma política do governo Carlin Moura (PC do B), que segue a linha do
governo federal (que somente no primeiro semestre cortou R$ 7 bilhões da
educação) e do governo estadual (que paga um dos piores salários de todo o país
aos trabalhadores).
O cenário da educação em Contagem só
piora gestão após gestão, mas no governo Carlin Moura os ataques se aprofundam:
- 0%
de reajuste para o funcionalismo, mesmo com o aumento de 5% da receita do
município, segundo dados da própria PMC;
- Violência
no interior das escolas;
- Ausência
de vários gêneros alimentícios na merenda escolar;
- O
não pagamento integral do mês de julho na flexibilização de jornada
dos(as) professores(as);
- Fechamento
de escolas, como algumas unidades da Funec e da E. M. Pedro Pacheco de
Souza (nesse último caso, para que o prédio abrigue a Secretaria de
Educação);
- Retirada
dos(as) professores(as) PEB I da educação infantil, prevista para 2016,
com interesse exclusivamente econômico;
- Falta
de estrutura nos prédios escolares, principalmente nos casos em que há
coabitação do ensino fundamental com a educação infantil;
- Adoecimento
profissional, fruto da ausência de uma política de prevenção de doenças
laborativas e da sobrecarga de trabalho.
Como
se não bastassem todos os problemas, o governo Carlin Moura quer impor uma nova etapa no processo de eleição
de dirigentes escolares. Trata-se de um processo de seleção de dirigentes, cujo
conteúdo só foi conhecido na primeira reunião da comissão que trata do
processo, em 02 de outubro. É uma clara tentativa do governo de dificultar a
eleição para posteriormente promover, a exemplo de anos anteriores, o processo
de indicação de dirigentes. Trata-se de um grande ataque ao princípio da gestão
democrática, afinal não há tempo hábil para os(as) trabalhadores(as) se
prepararem para essa prova de seleção, visto que os mesmos enfrentam jornadas
de trabalho exaustivas, em dois ou até três períodos.
Tão
grave quanto, é o fato de que o governo mantém a linha de desqualificar atuais
diretores(as) e trabalhadores(as), responsabilizando-os(as) por todos os
problemas da educação. Além disso, tenta reprimir manifestações democráticas e
legítimas, como no último sábado (dia 03 de outubro), em que trabalhou
exaustivamente para desmobilizar os estudantes e trabalhadores(as) da Escola
Municipal Pedro Pacheco de Souza.
Não
podemos aceitar que esta Casa se mantenha omissa a todos esses ataques. A
Comissão de Educação foi contatada, por exemplo, na questão da violência nas
escolas, porém não deu nenhum retorno e não se prontificou a tomar qualquer
providência. Fazemos um chamado a todos(as) os(as) vereadores(as),
principalmente os que compõem a Comissão de Educação, para que cumpram seu
papel e trabalhem em prol da comunidade escolar e dos(as) trabalhadores(as),
pois é inaceitável que se esquivem em um momento tão grave. Lembramos que esta
Casa possui o dever de atender aos interesses da população e não do Poder Executivo.
Vereador,
seu maior compromisso é com a população que te elegeu!
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