Na manhã desta quarta-feira (15), trabalhadores terceirizados que ocupam
os cargos de auxiliar de serviços gerais e porteiro nas escolas municipais de
Contagem realizaram um protesto na porta da prefeitura da cidade reivindicando
o pagamento do salário, bem como os benefícios a que têm direito.
Desde o dia 1º deste mês sem receber, cerca de 200 servidores se uniram
e fecharam a rua onde fica localizada a Prefeitura Municipal de Contagem (PMC),
no bairro Camilo Alves, em busca de uma solução. Na ocasião, os manifestantes
contaram com o apoio do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas
Gerais – Sind-Ute Contagem, que esteve presente.
De acordo com o grupo de manifestantes, a empresa terceirizada Ampla,
responsável pelos contratos, fechou as portas e nenhum representante foi
encontrado. “Ao entrar em contato com a empresa, fui atendida pelo dono,
Alexandre que informou apenas que diante do não cumprimento por parte da
prefeitura, os salários não foram e nem serão depositados”, contou a auxiliar
de serviços gerais Lucimar Aparecida Stangherlin.
A trabalhadora revelou ainda que o proprietário da Ampla deixou claro
que não está recebendo nenhuma verba da Prefeitura de Contagem e que, por isso,
os trabalhadores estão sofrendo as consequências. “A empresa está fechada há 15
dias, e nós não temos salário, nem acerto. Nós precisamos de uma resposta. A
PMC é corresponsável pelos trabalhadores. Nós fomos contratados dentro da
prefeitura na presença da Seduc e exigimos um retorno e, claro, nosso salário”.
No entanto, a Secretaria de Educação de Contagem (Seduc) informou que a
prefeitura pagou a empresa e que a falta de pagamento dos funcionários não
seria um problema do governo municipal.
Diretores do Sind-Ute Contagem estiveram na Seduc
para buscar esclarecimentos e apoiarem os manifestantes, na última terça-feira
(14). Eles informaram que o jogo de empurra permanece e o problema continua
sem solução.
Importante destacar que, por várias vezes o sindicato
levou ao governo a denúncia de atraso no pagamento dos funcionários
terceirizados. “Já é um absurdo que este governo, dito comunista, tenha
dado continuidade ao processo de terceirização, iniciado no governo Marília (PT).
Agora, cometem outro absurdo ao abandonarem os trabalhadores e dizerem que não
é um problema deles”, colocou a diretoria do sindicato.
“No entanto, entendemos que é preciso que alguma
providência seja tomada pelo governo Carlin Moura (PCdoB e aliados), no sentido
de cobrar a responsabilidade da empresa contratada pela prefeitura. Ninguém
pode ser conivente com o tratamento dado pela empresa Ampla aos trabalhadores; o
governo municipal é corresponsável pela situação, além de tê-la provocado, ao
utilizar-se da terceirização no serviço público, uma prática neoliberal. Agora
tem o dever, inclusive moral, de buscar meios de resolvê-la”, avaliou a
diretoria do sindicato.
Buscando solucionar o problema, diretoria do Sind-Ute
Contagem e os trabalhadores terceirizados formalizaram uma denúncia ao
Ministério do Trabalho sobre o fato ocorrido.
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