11 de maio de 2015

Assembleia Geral: Trabalhadores da educação em Contagem aprovam estado de greve

 Com as palavras de ordem “0% eu não aceito, eu me dedico é 100%”, os trabalhadores da educação encerraram mais uma assembleia geral, que aconteceu uma manhã desta sexta-feira (8), na porta da Prefeitura de Contagem. A categoria votou e aprovou o estado de greve e a manutenção do indicativo de greve para a próxima assembleia que acontece no dia 19 deste mês, terça-feira.
Os trabalhadores em educação reivindicam o reajuste do Piso Salarial Nacional, que este ano está em 13,01% e melhores condições de trabalho nas escolas. O governo municipal já sinalizou que não tem verba para conceder qualquer tipo de aumento, inclusive o repasse da inflação, mas a categoria não irá aceitar o arrocho salarial.
Para a diretoria do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-Ute Contagem), a categoria está unida e o movimento se fortificando, contando ainda com o apoio da comunidade. Vários pais estiveram presentes no ato sendo Neusa Aparecida Santos Carvalho uma das mães que apoiam o movimento.
“Quando tem paralisação, quem fica prejudicada é a família, mas os trabalhadores da educação estão certos em reivindicar seus direitos, por isso, apoio o movimento. O governo municipal precisa resolver esse problema e valorizar esses trabalhadores que precisam estar motivados e com saúde para trabalhar com nossos filhos”, ressaltou.
Ainda durante a assembleia foram aprovadas as moções de repúdio à violência policial contra a manifestação dos profissionais da educação no Paraná e de repúdio à exoneração do diretor escolar Ivanil Gomes e da vice-diretora Cilene Oliveira.

Problemas denunciados

Para Audia Andreia Machado e Maria Regina Soares, agentes da educação infantil, a vitória que obtiveram no ano passado com a redução da jornada de trabalho e pequeno aumento salarial, foi resultado da luta da categoria. Contudo, ainda há muitos problemas que precisam ser sanados, em especial com relação à situação do atendimento aos alunos de inclusão.
“O governo dispensou as estagiárias que cuidavam do acompanhamento pedagógico dessas crianças e agora elas estão sob os cuidados de profissionais que não tem qualquer tipo de capacitação”, ressaltaram.
Além disso, ambas reclamaram do reajuste de 0% que não condiz com a alta da inflação. “Tudo está aumentando, tanto no supermercado como nas contas de água, de luz em casa. Assim, não vamos conseguir nos sustentar”, acrescentaram.
Durante o ato, Sandro Santiago, trabalhador do quadro administrativo, denunciou a coação que alguns trabalhadores estão sofrendo por parte de determinados diretores de escola que não querem que os mesmos participem das paralisações. “O trabalhador tem o direito de fazer greve e não vamos aceitar esse tipo de coação. Se precisar entrar em greve novamente, eu vou participar das paralisações, assim como foi no ano passado”, disse.

Calendário de lutas

Após as avaliações feitas por participantes da assembleia, foi votado o calendário de lutas que abrange entre outras datas a participação da categoria no Dia da Greve Geral do funcionalismo público de Contagem, na próxima quarta-feira (13), com concentração na porta da prefeitura; buzinaço da educação, na quinta-feira (14), com concentração no Iria Diniz, nos períodos da manhã e tarde; e a nova assembleia geral com indicativo de greve, no dia 19 de maio. Vale lembrar que as reduções já começam a acontecer na próxima terça-feira (12), conforme discutido e aprovado pela assembleia.











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