Após mais de quatro meses de Campanha Salarial e tentativas
de negociação com o governo municipal, os trabalhadores em educação de Contagem
realizaram mais uma assembleia geral na tarde da última quinta-feira (1). O
ato, organizado pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-Ute
Contagem), ocorreu depois de uma reunião com o governo que, na prática não
aconteceu.
“Foi desastroso, pois não tivemos uma negociação.
Reunimo-nos com representantes do governo, mas eles não nos deram qualquer tipo
de resposta. Ao invés disso, tiveram que assumir em mesa de negociação que
estavam envergonhados, pois as instâncias deliberativas do executivo municipal
não fizeram seu trabalho”, informou a Diretoria.
Estiveram presentes na mesa: secretário adjunto de Governo,
Geraldo Guimarães; representante da Secretaria de Governo, Marius Carvalho; representante
da Secretaria de Educação, Ademilson Ferreira; a presidente da Funec, Karla
Roque; e a representante da Funec, Luzia Lima.
Segundo a diretoria do Sind-Ute Contagem, na reunião
anterior, ficou acordado que o governo teria resposta para vários outros pontos
da pauta como reajustes do valor do auxílio alimentação; concessão do auxílio
alimentação aos trabalhadores que exercem jornada acima de 22h30 – incluindo aqueles
que possuem dois cargos na rede; verba específica de deslocamento para as
unidades escolares, considerando os serviços externos realizados pela direção
ou por funcionário designado pela mesma; transporte dos profissionais para Nova
Contagem; garantia de retroativo do reajuste das Agentes de Educação Infantil; esclarecimento
sobre aplicação dos 13,01% do reajuste custo/aluno do Fundeb.
“No entanto, eles sequer se lembravam de quais eram os
pontos, a cidade esta largada as traças”, completou a diretoria do sindicato.
O Sind-Ute Contagem ainda avalia que “mais uma vez, esse desgoverno
apresenta sua incompetência política quando dialoga com o movimento sindical;
não respeita o fórum de negociação oficial, desconsidera a importância do
debate democrático e desonra sua própria palavra. Na realidade governam para
eles próprios, fazendo propagandas na TV de uma cidade que não existe na
realidade”.
Dessa maneira, sem qualquer tipo de resposta, a categoria
segue em estado de greve, unida, inclusive com os movimentos sociais da cidade
e demais categorias ligadas ao funcionalismo municipal. Além disso, os
trabalhadores exigem uma nova reunião com o governo, mas que seja um encontro
feito com o mínimo de dignidade, respeito e respostas positivas.
A única boa notícia que a categoria teve foi que, após um
ano de conclusão da Campanha Salarial do ano passado, em que vários pontos
foram acordados com o governo, e muitos deles não foram cumpridos, finalmente a
Câmara Municipal votou e aprovou em segundo turno, o Projeto de Lei
Complementar que trata da mudança do percentual da carreira da LC 90 dos atuais
1,4% para 2%. Agora, o projeto será encaminhado para sanção do prefeito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário