2 de julho de 2015

TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO MANTÉM ESTADO DE GREVE E AGUARDAM RESPOSTAS DO GOVERNO DE CONTAGEM

Após mais de quatro meses de Campanha Salarial e tentativas de negociação com o governo municipal, os trabalhadores em educação de Contagem realizaram mais uma assembleia geral na tarde da última quinta-feira (1). O ato, organizado pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-Ute Contagem), ocorreu depois de uma reunião com o governo que, na prática não aconteceu.
“Foi desastroso, pois não tivemos uma negociação. Reunimo-nos com representantes do governo, mas eles não nos deram qualquer tipo de resposta. Ao invés disso, tiveram que assumir em mesa de negociação que estavam envergonhados, pois as instâncias deliberativas do executivo municipal não fizeram seu trabalho”, informou a Diretoria.
Estiveram presentes na mesa: secretário adjunto de Governo, Geraldo Guimarães; representante da Secretaria de Governo, Marius Carvalho; representante da Secretaria de Educação, Ademilson Ferreira; a presidente da Funec, Karla Roque; e a representante da Funec, Luzia Lima.
Segundo a diretoria do Sind-Ute Contagem, na reunião anterior, ficou acordado que o governo teria resposta para vários outros pontos da pauta como reajustes do valor do auxílio alimentação; concessão do auxílio alimentação aos trabalhadores que exercem jornada acima de 22h30 – incluindo aqueles que possuem dois cargos na rede; verba específica de deslocamento para as unidades escolares, considerando os serviços externos realizados pela direção ou por funcionário designado pela mesma; transporte dos profissionais para Nova Contagem; garantia de retroativo do reajuste das Agentes de Educação Infantil; esclarecimento sobre aplicação dos 13,01% do reajuste custo/aluno do Fundeb.
“No entanto, eles sequer se lembravam de quais eram os pontos, a cidade esta largada as traças”, completou a diretoria do sindicato.
O Sind-Ute Contagem ainda avalia que “mais uma vez, esse desgoverno apresenta sua incompetência política quando dialoga com o movimento sindical; não respeita o fórum de negociação oficial, desconsidera a importância do debate democrático e desonra sua própria palavra. Na realidade governam para eles próprios, fazendo propagandas na TV de uma cidade que não existe na realidade”.
Dessa maneira, sem qualquer tipo de resposta, a categoria segue em estado de greve, unida, inclusive com os movimentos sociais da cidade e demais categorias ligadas ao funcionalismo municipal. Além disso, os trabalhadores exigem uma nova reunião com o governo, mas que seja um encontro feito com o mínimo de dignidade, respeito e respostas positivas.

A única boa notícia que a categoria teve foi que, após um ano de conclusão da Campanha Salarial do ano passado, em que vários pontos foram acordados com o governo, e muitos deles não foram cumpridos, finalmente a Câmara Municipal votou e aprovou em segundo turno, o Projeto de Lei Complementar que trata da mudança do percentual da carreira da LC 90 dos atuais 1,4% para 2%. Agora, o projeto será encaminhado para sanção do prefeito.

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