22 de julho de 2015

LUTA EM DEFESA DO DIREITO DAS TRABALHADORAS/ES TERCEIRIZADAS/OS


Hoje (22/07) o Sind-UTE Contagem compareceu a reunião chamada pela SEDUC com as trabalhadoras da AMPLA na Escola Municipal Heitor Villa Lobos, compareceu representante do Sind-Asseio e representantes dos vereadores.

Na reunião, a SEDUC informou que o depósito dos valores referentes ao atraso do pagamento de um mês dos/das trabalhadores/as será feito ao Sind-Asseio para ser repassado aos trabalhadores/as terceirizados, mas ainda não tinha sido feito, pois até o momento, estava pendente a nota fiscal da Ampla.

Informou ainda que será feito um pregão presencial para a contratação de uma nova empresa, o processo será feito em regime de urgência e garantiu que a prioridade de contratação será desses trabalhadores/as.

O Sind-UTE Contagem sobre a crise vivenciada, reafirma que:

·         A terceirização no serviço público é imoral e, de acordo com o art. 37 e incisos I e II, com nova redação dada pelo art. 3º da Emenda Constitucional nº 19, de 4.6.1998, a saber: os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei.
·         Na educação pública, amparada pelos debates das Ciências Sociais, cada trabalhador/a é uma agente educativo, independente da função exercida, e constrói sua identidade e perfil durante a formação em exercício no local de trabalho, nos debates político- pedagógicos e na troca de experiências. A regularidade no exercício na função configura qualidade da educação pública.
·         O projeto de lei que tramita no Congresso Nacional ampliando a terceirização significará um dos maiores ataques aos direitos da classe trabalhadora.

Em Contagem podemos denunciar que:

·         A terceirização causa a precarização das condições de trabalho e ampliação da exploração, piores salários, maiores chances de desvio de recursos públicos, abre currais eleitorais para governantes e parlamentares oportunistas que se utilizam das necessidades das pessoas para fazerem palanques políticos e comprar de votos.
·         A contratação de uma empresa para prestar o serviço de limpeza e portaria das escolas fica mais caro do que ter trabalhadores efetivos na rede.
·         O tratamento dado às/aos trabalhadoras/res como atraso de pagamento, falta de vale transporte, sobrecarga de trabalho não foram coibidas pela PMC, corresponsável pelas condições vividas pelas/os trabalhadores/as dentro das escolas, desde 2013, no caso da limpeza e portarias e desde 2007 no caso da merenda.
·         O assédio moral praticado contra essas pessoas inibe a busca pelo enfrentamento dessas questões.

Exigimos da Câmara de vereadores de Contagem a convocação de uma Audiência Pública para a discussão sobre a terceirização no serviço público de contagem e a criação de uma lei que de fim a esse mal.

Parabenizamos às/os guerreiras/os que não medem esforços para defender seus direitos e continuarão na luta até a vitória!

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