Em
virtude do episódio de violência envolvendo um estudante autista de 11 anos e
um professor de inglês da Escola Municipal Coronel Antônio Augusto Diniz Costa,
em Contagem, o Sind-Ute Contagem informa que vem acompanhando a situação junto
à escola.
Cabe-nos
destacar que, ao contrário do que a grande mídia sensacionalista tem alardeado,
em nenhum momento os profissionais exigiram ou defenderam a expulsão do
estudante, o que reivindicam é um suporte por parte da Secretaria de Educação
para que fatos como estes não voltem a acontecer.
Os/as
trabalhadores/as em educação reconhecem e defendem o direito de todos/as
estudantes a educação. No entanto para que esse direito seja de fato garantido
é preciso que haja condições adequadas.
No caso
de estudantes com deficiência a Secretaria de Educação deve prestar o suporte
às crianças e aos profissionais, acompanhando de perto as necessidades para que
esta inclusão se dê da melhor forma. Esse acompanhamento não se resume a apenas
destinar um estagiário de pedagogia para acompanhamento individual, a Secretaria
deve ter a responsabilidade de acompanhar tanto o estudante quanto a família,
inclusive verificando se o mesmo está tendo acompanhamento médico, psicológico
ou psiquiátrico necessário, através de ação conjunta com a Secretaria de Saúde.
A proposta da
educação inclusiva é acolher e dar
condições para a pessoa com deficiência exercer seus direitos. Para
discutirmos a educação inclusiva é necessário uma profunda reflexão entre a
teoria e a prática. Sabemos perfeitamente que os governos apresentam um
discurso de inclusão totalmente incompatível e antagônico às medidas e
investimentos tomados em relação às exigências e necessidades educacionais.
É preciso que a Secretaria de Educação cumpra seu papel,
garantindo que a inclusão escolar se configure como uma política de atendimento
e não como uma mera prestação de serviço. A partir daí sim teremos a
implementação de uma educação que faça a diferença e que garanta, de fato, o
direito dos estudantes.
Por fim, destacamos o desserviço realizado pela imprensa, que
de forma irresponsável, mais uma vez, não apurou os fatos, não considerou todo
o contexto relatado acima, apresentando uma versão falsa e parcial dos
acontecimentos.
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